domingo, 4 de setembro de 2011

só por hoje.


so por hoje...
duvido de tudo, de mim e de ti...
de nós...
do que foi ou e do não foi,
do que pensei sentir
do que senti e sem ti..
so por hoje
por apenas agora, queria apagar o vento
romper deserto, silencio, ditos e não ditos.
e seja la o que for, que caiba dentro de um segundo
agarrar-me a ele com desespero de nunca mais,
sem medo e receio, sem demora nem arrependimentos,
e que os sinais que tanto tenho, seja la sei nem o que
mas um que de que e pra que?
hoje, apenas hoje,
como se tudo fosse um deserto imenso,
carregado de sentimentos, pensamentos,
ora dito, ora não dito,
uma passagem que não mais existe,
um fim de algo que nem foi,
ou talvez tenha sido, sei lá o que...
o que de que, um ter que nunca se teve.
um abraçar o nada,
acordar de madrugada,
suspirar pelo vento
pelo alento, pelo lamento...
lamentar...
pra que?
não foi ou já foi.
hoje, apenas hoje,
passado, página virada, consumado,
e que não se fale mais nisso,
ou naquilo...
apenas o nó na garganta e a esperança...

sábado, 13 de agosto de 2011

sapatinhos vermelhos




ela se sente segura de sapatinhos vermelhos.
ela se sente menina de sapatinhos vermelhos.
ela é menina de sapatinhos vermelhos...

uma macieira carregada de maçãs,
uma musica bem executada numa noite enluarada,
uma xícara de café com leite...

olhos alegres e cheios de esperança
pernas firmes para percorrer um longo caminho,
coração saltitante de tanta esperança no novo que virá.

ela se sente feliz de sapatinhos vermelhos,
ela se sente a bela acordada de sapatinhos vermelhos,
ela se sente vitoriosa de sapatinhos vermelhos...

flores do campo de todas as cores,
janelas enfeitadas de todos os tons,
doce de leite com cheiro de infância,
abraço apertado cheio de sinceridade,

mas são tantos os motivos de se ter um sapatinhos vermelho
tantos quantos possíveis e imagináveis,
razão ou desrazão, nutridos por muito tempo.
nada se compara ao sapatinho vermelho da menina...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

menina tocada pela vida

menina de sapatos vermelhos
tocada pela vida como um raio de sol
aprendeu a ser sensível como um vento
um vento de outono...
um vento leve e suave.

ela renasceu seu desejo
e sua vontade viver
e a despeito de tudo,
resolveu continuar a ser o que era,
menina, apenas menina...

e porque ela não conseguia fazer planos
aqueles outrora sonhados,
outrora acalentados bem lá no intimo...
ela quis sucumbir em pensamentos,
lágrimas quentes e constantes...

mas essa menina de sapatos vermelhos,
ela mesma tocada pela vida,
aprendeu que viver é coisa de gente corajosa,
de gente forte e que não se deixa dobrar
pela dor de não ser,de não ter,
de não poder, de não, não e não...

essa menina de sapatos vermelhos ergueu os olhos
antes fixos no infinito... esperando pelo vento...
essa menina resolveu arriscar,
resolveu viver apesar do agora...

ela resolveu ter sonhos,
mesmo que não realizados,
resolveu sorrir
mesmo que do nada,
e resolveu bailar aquela bailarina,
aquela da canção de oswaldo...

e simplesmente porque a vida estava ali...
logo ali perto dela,
sim, a vida que sorriu para ela e a embalou
com muita luz, com muita certeza do que seria
e simplesmente ela quis continuar...